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Esgotamento sanitário

A proporção do volume de esgoto tratado em relação ao volume coletado por rede coletora no RS em 2022 foi inferior à do Brasil

Para a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), os dejetos líquidos gerados pelas atividades humanas precisam ser corretamente coletados, transportados, tratados e dispostos de forma adequada de modo a não gerar ameaça à saúde e ao ambiente, pois constituem uma das maiores causas da proliferação de vetores de doenças e da degradação da qualidade do solo e das águas superficiais e subterrâneas. Neste sentido o  Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS)¹ informa sobre o atendimento dos serviços de esgoto no Brasil em relação ao acesso da população a rede coletora (rede pública) e sobre o volume de esgoto que recebe tratamento.

Para melhor avaliar o atendimento total de esgoto dos municípios do Rio Grande do Sul e dos demais estados do Brasil, elaborou-se semelhante índice ao realizado pelo SNIS que mede o atendimento total de esgoto referido aos municípios atendidos com água (IN056), utilizando-se de dados disponibilizados no Censo Demográfico de 2022, visto que poucos municípios do estado têm informação declarada no SNIS. A seguir, o cálculo realizado para cada município do Rio Grande do Sul, bem como para os estados brasileiros:

(População total atendida com esgotamento sanitário / população total residente) x 100

Como resultado, obteve-se para o Brasil o índice de 58%, e para o estado do Rio Grande do Sul foi obtido um índice de atendimento total de esgoto no valor de 42,79%. No Rio Grande do Sul, os melhores resultados de atendimento total de esgoto – não considerando seu tratamento, apenas sua coleta -, correspondem aos municípios de Presidente Lucena, Cachoeirinha e Porto Alegre, com valores próximos partindo de 89,37 até 83,10. Já os piores resultados correspondem a municípios como Alto Alegre, Arroio do Padre, Barra do Guarita, Barra do Rio Azul, Boa Vista do Cadeado, Bom Progresso, Bozano, Capão Bonito do Sul, Coronel Barros e Cristal do Sul – todos com valor zero para o indicador.

Já o Índice de esgoto tratado referido à água consumida (IN046) expressa o percentual do volume de esgoto que foi submetido a tratamento em relação ao volume de esgoto gerado². No Brasil, este índice atingiu 52,23% em 2022, enquanto o RS chegou a apenas 26,56%. Estes indicadores demonstram que há muito por fazer no que se refere à coleta e ao tratamento de esgotos no Brasil e no Rio Grande do Sul.


¹ No SNIS não são incluídas as formas de acesso ao esgotamento sanitário que se utilizam de ligações domiciliares de esgoto às redes de drenagem de águas pluviais. (In: MDR/SNS. Diagnóstico Temático Serviços de Água e Esgoto: Visão Geral - ano de referência 2022).
² O SNIS considera o volume de esgoto gerado como sendo igual ao volume de água consumido.

Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul